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Inimigo da natureza: Um balanço do legado de destruição ambiental de Bolsonaro

26 de setembro de 2022

A “boiada” ceifou vidas, renegou à fome crianças e deixou um legado de destruição. A gestão de Bolsonaro é marcada pelo ecocídio, o que confirma a urgência de derrotar Bolsonaro ainda no primeiro turno

Bolsonaro se transformou em chacota internacional pelo seu legado de destruição ambiental, mas merecia mais. Na polêmica reunião ministerial de abril de 2020, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, hoje acusado de organização criminosa ligada à extração ilegal de madeira, sugeriu o que veio a ser a tônica da política ambiental do governo Bolsonaro: aproveitar a preocupação da mídia com a pandemia para “ir passando a boiada”.

 

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O latifundiário Bedin, conhecido como o “pai da Soja”, de Sorriso no Mato Grosso, afirmou apoiar Bolsonaro “até debaixo d’água”. Bedin é parte de uma longa lista de mega empresários ligados ao agronegócio que apoiou Bolsonaro em 2018 e luta pela sua reeleição. O custo dessa aliança de morte é duramente pago pela natureza e por todas e todos nós, com a elevação do preço dos alimentos e as vidas tombadas no campo, onde os conflitos territoriais se avolumam.

 

A “boiada” ceifou as vidas de Bruno Pereira e Dom Phillips, renegou à fome as crianças Yanomami e deixou um legado de fome e destruição. Durante a pandemia em 2021, os assassinatos no campo subiram 75%, segundo a Comissão Pastoral da Terra. Via de regra, os assassinos permanecem impunes.

 

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A Amazônia, no coração do planeta, agoniza. A cada ano de governo Bolsonaro, o IPAM registrou um novo recorde de desmatamento na região. É uma conclusão científica que a destruição do bioma já está em um ponto de não retorno.

 

Além do desmatamento, os focos de queimadas e extensão de área devastada por incêndios também batem recordes. Mesmo com a infame fake news de Bolsonaro de que a Amazônia “não pega fogo por ser úmida”, o Inpe registrou, neste ano, um aumento de 53% da área queimada na região e de novos 14% de focos de queimadas em relação ao ano passado, que também já era recordista.

 

E a causa vem sendo apontada por especialistas e ambientalistas: desmonte, arrocho orçamentário e tentativa de desmoralização dos órgãos fiscalizadores e políticas públicas de proteção ambiental. Um dos primeiros decretos do governo foi a transferência do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura. Logo após, o desmonte seguiu com a desestruturação do Ibama e do ICMbio, com substituição de técnicos especializados por gente de confiança do governo e ligada aos interesses do agronegócio, da mineração, de garimpeiros e madeireiros. Não é uma coincidência que o Observatório do Clima tenha noticiado uma queda de 81% em 2021 na apreensão de equipamentos utilizados em atividades ilegais do garimpo na Amazônia.

 

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O desmonte acompanha a chuva de fake news. Bolsonaro repercute mentiras como a da existência de uma “indústria da multa no campo”, de que os povos ribeirinhos são os responsáveis pelos incêndios da Amazônia e de que o Ibama comete “abusos” na fiscalização. Por trás, está o compromisso com a impunidade dos crimes ambientais. Entre janeiro de 2019 e março de 2022, 98% dos alertas de desmatamento emitidos não foram atendidos pelo governo federal. Em 2019, foram criados núcleos de conciliação para reduzir e flexibilizar ainda mais as multas ambientais.

 

Enquanto tira a proteção, o governo amplia as possibilidades de avanço do agro. No início do governo, foi revogado o decreto que coloca limites para a expansão da produção de cana-de-açúcar em áreas de floresta nativa. Em 2022, foi decretado o fim da proteção de todas as cavernas em território nacional e legalizado o desmatamento de margens de rios em zonas urbanas, o que causará mais ocorrências de enchentes e inundações nas cidades. Para piorar, o governo propôs ainda projeto de lei (PL 191/20) que autoriza mineração em terras indígenas e outro (PL 6.299/2002) que intensifica a liberação e comercialização de agrotóxicos.

 

A gestão de Bolsonaro é marcada pelo ecocídio, o que confirma a urgência de todas e todos que defendem a justiça climática, a retomada democrática e a vida a derrotar Bolsonaro nas ruas e lutar para fazer isso ainda no primeiro turno.

 

Estas eleições são as mais importantes da nossa geração. Há muito em jogo. A urgência da questão ambiental nos exige coragem.

 

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Fonte: Revista Fórum – 26/08/22
Escrito por: Iza Lourença – Vereadora em Belo Horizonte

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Publicado por: Fabiano Couto

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