Apesar da redução de contágios, somente em 2022 foram registradas quase 1 milhão de mortes
O secretário-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (14) que o final da emergência sanitária global da covid-19 pode estar próximo. “Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista. Agora é o pior momento para parar de correr”, disse ele.
Em seu relatório semanal sobre a pandemia, a agência de saúde da ONU apontou que as mortes caíram 22% na última semana, com pouco mais de 11 mil falecidos em todo o mundo. Houve ainda 3,1 milhões de novos casos, uma queda de 28%, continuando um declínio de semanas da doença em todos os continentes.
“Agora é a hora de correr mais e garantir que cruzemos a linha e colhamos todas as recompensas de nosso trabalho duro”, ressaltou Tedros.
Desde 2020, a doença já contaminou 607 milhões e causou 6,4 milhões de mortes. O Brasil acumula 34,5 milhões de contágios e 684 mil falecidos, mantendo-se na terceira posição entre os países mais afetados em todo o globo.
Somente neste ano foram registrados 1 milhão de falecidos em todo o planeta, por isso a OMS considera que a situação global é ainda de “emergência aguda”.
A subvariante ômicron BA.5 continua a dominar globalmente e compreende quase 90% das amostras de vírus compartilhadas com o maior banco de dados público do mundo.
Cerca de 67,9% da população mundial já foi vacinada, representando um total de 12,6 bilhões de doses aplicadas, numa média de 3,64 milhões de vacinas administradas diariamente. No entanto, a desigualdade no acesso aos imunizantes permanece. Entre os países do sul global, somente 21% da população teve acesso a pelo menos uma dose, segundo levantamento da plataforma Our World in Data.
A OMS ainda divulgou um conjunto de políticas sobre elementos necessários para superar a emergência do vírus sars-cov2, que incluem aumentar a vacinação de grupos de risco, manter testes de vigilância e sequenciar novas variantes do vírus, assim como engajar comunidades no combate ao negacionismo.
Crédito: Alex Pazuelo/SemCom
Fonte: Brasil de Fato | São Paulo (SP)
Escrito por: Michele de Mello com edição: Thales Schmidt