Durante reunião entre a COE Itaú e o banco também foi debatido o banco de horas negativas
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú cobrou do banco o fim do fechamento de agências. Para os representantes dos trabalhadores, esse processo tem culminado em demissões, sobrecarga de trabalho e, consequentemente, adoecimento para os trabalhadores que ficam. O movimento sindical também apontou o prejuízo aos clientes, que ficam com atendimento precário. A reunião aconteceu na tarde de sexta-feira, 27.
Neste ano, já foram encerradas 211 agências. “Desde o início da pandemia, que ainda não acabou, o Itaú demitiu centenas de funcionários e fechou várias agências. Os resultados dessas práticas são mais sobrecarga aos trabalhadores, precarização do ambiente de trabalho, e piora do atendimento aos clientes. Bancárias e bancários do Itaú enfrentam acúmulo e desvio de função, metas absurdas e adoecimento”, afirma Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do Itaú.
O dirigente sindical ressalta que o banco tem recursos para garantir condições dignas de trabalho. “No ano passado o Itaú teve lucro de R$ 26,9 bilhões, aumento de 45% em relação ao ano de 2020”.
Durante a reunião da COE, o movimento sindical também reivindicou acompanhar o processo de realocação dos funcionários das agências fechadas dentro do banco.
Banco de horas negativas
Os representantes do Itaú apresentaram a situação atual do banco de horas negativas. As partes acertaram prorrogar o prazo por mais seis meses, com final até 28 de fevereiro de 2023, o limite para a compensação. O banco se comprometeu a voltar a negociar a situação de alguns trabalhadores, principalmente os de oito horas, que não conseguirem compensar.
Fonte: CONTRAF COM EDIÇÃO DA COMUNICAÇÃO SEEB DE SANTOS E REGIÃO