Depois dos funcionários com doenças específicas do grupo de risco terem conquistado o retorno ao home office no BB e a terceirização da telemedicina, que vem oferecendo um atendimento de má qualidade
Após conseguir, na mesa de negociação, um avanço para assegurar a saúde dos funcionários do Banco do Brasil que sofrem com alguma comorbidade e dos mais frágeis, do ponto de vista médico, os sindicatos querem debater o papel da Cassi no fortalecimento da Estratégia Saúde da Família, o que é considerado fundamental, especialmente para os pacientes do grupo de risco. O debate tornou-se fundamental após os trabalhadores terem conquistado o retorno ao home office no BB e a terceirização da telemedicina, que vem oferecendo um atendimento de má qualidade.
Empresa novata
O banco entregou o setor para a empresa norte-americana Iron, instalada no Brasil desde 2020. O contrato com a Cassi foi o primeiro firmado pela empresa estrangeira no Brasil.
O movimento sindical estranhou o fato de que uma empresa tão novata no mercado brasileiro tenha sido logo contratada pelo maior plano de saúde de autogestão do país, a Cassi.
Para os sindicatos, “a terceirização tende a aumentar os custos da Cassi e reduzir a qualidade dos serviços aos associados”.
Os bancários reclamam, e com razão, que a cada novo contato com o Teleatendimento da Cassi, ao invés de ser direcionado à Estratégia Saúde da Família (ESF), ligado às CliniCassi, o associado é encaminhado para um médico diferente do mercado.
Modelo exemplar
A ESF é um modelo adotado pelos sistemas de saúde mais modernos do mundo em que o paciente é acompanhado, durante toda a sua trajetória, por uma equipe multidisciplinar, aumentando as chances de diagnósticos e tratamentos corretos e, consequentemente, reduzindo os custos nos sistemas de saúde. Quando a Telemedicina indica um médico diferente, o tratamento do associado é prejudicado e os custos da Cassi aumentam.
Rede credenciada
O movimento sindical tem ainda feito reivindicações quanto ao Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), que teve sua lista de medicamentos abonáveis reduzida em 1.818 produtos, desde 2019. Outra preocupação é o desmonte da rede credenciada, diminuída em cerca de 5.400 prestadores de serviços desde 2016.
Fonte: SeebRio com informações da Contraf
Escrito por: Carlos Vasconcellos