Desta vez, Pedro Guimarães quer usar recursos do FGTS para se autopromover e fazer campanha política para Bolsonaro
O uso pessoal e político-eleitoral da Caixa Econômica Federal pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, foi, mais uma vez, denunciado pela imprensa. Uma reportagem da Agência O Globo, publicada no site da revista Exame, chama a atenção para a proposta de uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para criar um programa de microcrédito para pequenos empreendedores, micro e pequenas empresas, mesmo que tenham nome negativado.
Segundo a reportagem, o objetivo é “ampliar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro no caminho à reeleição em 2022” e o uso de recursos do FGTS está sendo estudado devido a pouca margem no Orçamento da União.
Segundo o movimento sindical, é preciso criar crédito barato para a pequena empresa, pois gera emprego. Entretanto, o dinheiro do FGTS, que pertence ao trabalhador, financia saneamento, infraestrutura e a construção civil, na construção de casa própria para população de baixa renda e gera milhões de empregos.
Tributar os super- ricos
Ao invés de jogar os recursos de um segmento para outro, o governo deve taxar os super-ricos, mudando a lógica de tributação sobre o consumo e passando a taxar sobre a renda, sobre a riqueza. Assim seria possível aumentar a arrecadação sem onerar os mais pobres e haveria dinheiro para financiar as pequenas empresas.
Os sindicalistas já apresentaram ao Congresso Nacional oito propostas para se aumentar a arrecadação tributária isentando a população de menor renda e cobrando mais impostos de apenas 0,3% da população mais rica, os super-ricos.
Segundo a Agência O Globo, os estudos do governo preveem a utilização de R$13 bilhões do FGTS como garantia para empréstimos a 20 milhões de pequenos empreendedores, micro e pequenas empresas, mesmo que tenham nome sujo no SPC e Serasa. Cada pessoa, segundo o estudo, poderá tomar empréstimos de apenas R$500 a R$15 mil.
Fonte: Contraf com Comunicação SEEB de Santos e Região