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Trabalhadores ocupam Bovespa em protesto contra a fome e a inflação

24 de setembro de 2021

Trabalhadores ocupam a Bovespa, no Centro de São Paulo, contra a miséria, o desemprego e a alta de alimentos no momento em que banqueiros e especuladores embolsavam mais alguns bilhões com alta da Bolsa de 1,58% na tarde desta quinta (23)

Trabalhadores ocupam na tarde de quinta-feira (23), o prédio da Bolsa de Valores de São Paulo, no centro da capital paulista. O ato foi organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) contra o aumento da fome e a explosão da inflação, com elevação nos preços dos alimentos, energia elétrica e gás de cozinha.

 

O Brasil real

Com quase 15 milhões de desempregados e seis milhões de desalentados, cresce o número da população de rua, com milhares de pessoas que não possuem casa própria, sendo despejadas dos imóveis onde residiam as famílias. O mercado, até às 15h15 apresentava alta de 1,58%.

 

“O Brasil passa pelo pior momento de suas condições históricas socioeconômicas. O desemprego, a retirada de direitos e o achatamento salarial são os resultados da política do banqueiro e especulador Paulo Guedes. As mortes por Covid poderiam ser evitadas caso o governo Bolsonaro não tivesse boicotado as vacinas desde o início da pandemia. Chegamos a estagflação (estagnação econômica com alta da inflação), o país não anda, parou economicamente. Mas enquanto isso e por conta da política deste governo, os banqueiros e especuladores lucram bilhões e o povo passa fome”, diz Elcio Quinta, tesoureiro do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Itaú.

 

Culpa de quem?

Com dizeres como “Tá tudo caro e a culpa é do Bolsonaro”, os manifestantes lembram que o Brasil tem quase 20 milhões de pessoas passando fome enquanto que, em plena pandemia, o país ganhou 42 novos bilionários.

 

“É o Brasil real na Bovespa”, declarou Guilherme Boulos, coordenador do MTST.

 

No mês de agosto, o reajuste salarial mediano no país ficou 1,4 ponto percentual abaixo da inflação, considerando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Apenas 9,5% das negociações resultaram em ganhos reais, entre elas, a categoria bancária, que com o acordo de dois anos conseguiu 10,97% de reajuste, com 0,05% de ganho real, diante da mais dura conjuntura política e econômica dos últimos 40 anos.

Crédito: Reprodução DCM
Fonte: SEEB do RJ com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região
Escrito por: Carlos Vasconcellos

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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