Projeto Indução é prejudicado pelas metas que o banco cobra; Projeto Evolution precisa de ajustes para CEBB
O Banco do Brasil apresentou, sexta-feira (16), à Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) um novo sistema de acompanhamento e gerenciamento de carteiras e um projeto de capacitação de funcionários. O piloto do Indução e o Evolution, respectivamente.
O novo vice-presidente do banco, Ênio Mathias, e o novo diretor de pessoas, Thiago Borsari, também participaram do início da reunião e foram apresentados à representação dos funcionários.
Indução
Criado com o objetivo de aprimorar os mecanismos de acompanhamento de desempenho dos funcionários, o “Projeto Indução” visa ampliar o alinhamento à estratégia corporativa, gerar maior foco no cliente, eficiência nos processos e trazer resultados sustentáveis para o banco.
Para os sindicalistas o problema não está no mecanismo criado pelo banco para acompanhamento do desempenho, mas nas metas que são cobradas dos funcionários. O problema é que o banco cobra metas absurdas que massacram os funcionários. E estas metas são aplicadas ao projeto.
Os representantes dos funcionários defendem o papel enquanto banco público e não focar sua atuação apenas em questão do mercado. Precisa cumprir seu papel social.
Como esta nova ferramenta visa, ao final, o pagamento das gratificações do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), o movimento sindical reiterou que o atual PDG não é nada transparente, pois as regras mudam constantemente e que isso só pode ser superado com a definição de forma clara e transparente, juntamente com o movimento sindical, das regras que beneficiem os funcionários. O banco quer marcar uma reunião para ouvir mais sobre o tema.
Evolution
O banco também apresentou o projeto “Movimento Evolution”, criado para proporcionar a requalificação dos funcionários com foco no desenvolvimento de competências digitais. O objetivo é, basicamente, capacitar os funcionários para exercer suas, ou novas tarefas em um mundo cada vez mais digital.
O projeto disponibiliza a plataforma Alura para a formação e os cursos devem ser realizados durante o expediente de trabalho. As competências digitais adquiridas pelos funcionários serão consideradas na evolução de suas carreiras no banco.
O projeto recebeu elogios da representação dos funcionários, que destacou, porém, que a formação oferecida deve ser extensiva a todos os funcionários, inclusive aos das agências, para que eles também possam evoluir na carreira na medida em que realiza os cursos.
“É algo inovador de fato. A plataforma é interessante para cursos. Sabemos que as pessoas que trabalham nos departamentos vão conseguir aproveitar. Mas, como os funcionários que trabalham em agências com filas enormes vão fazer os cursos? O gerente vai deixar um funcionário fazer o curso enquanto a fila cresce? Vai deixar fazer o curso e não ficar cobrando metas? Se o banco não for claro nesta orientação, a capacitação ficará limitada ao pessoal dos departamentos”, segundo a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
O banco também informou que, agora no segundo semestre, voltam a ser oferecidas bolsas de estudo aos funcionários e que as mesmas haviam sido suspensas em decorrência da pandemia.
Próximas pautas
Ao final da reunião, a representação dos funcionários apresentou uma relação de questões a serem tratadas na próxima reunião com o banco, como o acerto no pagamento de caixa, questões de carreira e salário envolvendo gerentes de serviços de pequenas cidades do interior, a volta da ameaça de envio de funcionários para banco de horas negativo como forma de cobrança de metas e a oferta pela Cassi do novo plano Cassi Essencial para os novos funcionários.
Não foi definida data para a próxima reunião, mas os representantes do bancos disseram que alguns dos pontos já estão sendo discutidos e, assim que houver alguma novidade sobre eles a CEBB será informada.
Crédito: Fernando Diegues
Fonte: Contraf