O patrimônio líquido avançou 7,4%, se comparado a um ano atrás, e alcançou R$ 77,763 bilhões, no período encerrado em março. “Isso é fruto da pressão por metas e exposição exacerbada dos funcionários à Covid, pelo banco espanhol”, diz Fabiano Couto
O Santander Brasil apresentou lucro líquido gerencial, que não considera ágio de aquisições, de R$ 4,012 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 4,1% maior que no mesmo período de 2020.
O patrimônio líquido avançou 7,4%, se comparado a um ano atrás, e alcançou R$ 77,763 bilhões, no período encerrado em março.
“Isso é fruto da pressão por metas e exposição exacerbada dos funcionários à Covid, pelo banco espanhol. Por conta da ganância nesse momento de pandemia, o Santander adotou irresponsavelmente a prática de pressionar os bancários a saírem nas ruas, de porta em porta, para vender seus produtos. O resultado é que o banco está entre as instituições financeiras onde seus funcionários mais contraíram o novo coronavírus e alguns morreram. Os que não contraíram adoecem por doenças psicológicas. Isso tudo em meio a demissão em massa desde 2020, início da crise sanitária”, relata Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e trabalhador do Santander.
Provisões
O banco espanhol elevou seus gastos com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs. Essas despesas foram a R$ 3,914 bilhões no primeiro trimestre, no maior patamar desde junho do ano passado, aumento de 8,45% ante os três meses anteriores.
Já o resultado de provisão para créditos de liquidação duvidosa somou R$ 3,161 milhões ao fim de março, alta de 9,7% ante o quarto trimestre de 2020. Segundo o banco, esta linha foi impactada pela retomada do crescimento da carteira de crédito de pessoas físicas.
O custo de crédito do Santander subiu a 2,6% nos três primeiros meses deste ano contra 2,5% ao término de dezembro último.
O saldo de provisões do Santander encerrou março em R$ 25,728 bilhões, aumento de 2,6% ante os três meses anteriores. Em um ano, teve incremento de 18,5%.
Fonte: Estadão
Escrito por: Aline Bronzati e Marcelo Mota – São Paulo com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região