Algumas respostas são insuficientes, outras foram adiadas para hoje. De concreto será o empenho da Fenaban junto ao governo para que a categoria tenha prioridade na vacinação
Já faz um ano que o movimento sindical reivindica dos bancos medidas de prevenção contra a novo coronavírus para a categoria bancária. Neste período, 35 reuniões trataram do assunto, sendo 19 de forma específicas. Entretanto, no pior momento da pandemia onde a saúde está em colapso, as respostas dos banqueiros não foram as melhores, na reunião na tarde de ontem quinta-feira (11).
A boa notícia ficou por conta do primeiro ponto abordado, a proposta de inclusão da categoria bancária como prioritária no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A Fenaban concordou prontamente com a reivindicação dos trabalhadores e disse que irá reforçar os esforços do movimento sindical junto ao poder público.
O Sindicato dos Bancários de Santos e Região já enviou carta, em janeiro, ao Ministério da Saúde reivindicando a inclusão da categoria entre os setores profissionais prioritários para a vacinação, após os grupos de risco (profissionais da saúde e idosos). Agora o Comando Nacional dos Bancários também segue este caminho.
A categoria bancária foi considerada essencial para o atendimento à população durante a pandemia. Milhares estão trabalhando na linha de frente das agências como os trabalhadores da saúde nos hospitais. Assim foi com o pagamento do auxílio emergencial desde o início da pandemia para mais de 68 milhões de pessoas nas agências da Caixa Econômica Federal e as transações comerciais diárias em todos os bancos para não paralisar a economia do país. A Caixa continuará o pagamento do novo auxílio.
“Por isso, é uma das categorias mais atingida pelo novo coronavírus. Tem alto número de bancários e bancárias que contraíram. Entre eles, muitos faleceram. Portanto, é necessária que seja incluída pelo governo federal e pelos governos estaduais e municipais entre as categorias prioritárias para a vacinação”, afirma Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Reivindicações
Visitas externas – Quando a discussão foi sobre o retorno das reivindicações apresentadas na semana passada, as notícias não foram boas. Sobre a denúncia da pressão para que os bancários façam visitas externas, a Fenaban garantiu que vai orientar a todos os bancos que as reuniões presenciais de gerentes sejam exclusivas de casos emergenciais. Os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar a suspensão total. Os representantes dos bancos ficaram de retornar.
Diminuição dos horários das agências – Os bancos disseram que irão reduzir o horário de atendimento: das 9h às 10h, atendimento exclusivo aos clientes do grupo de riscos, idosos e gestantes. Entre 10h e 15h, no máximo, atendimento aos demais clientes. Essas limitações de horário não valem para a Caixa, que irá iniciar o pagamento da nova fase do auxílio emergencial.
Teletrabalho – A Fenaban disse que 14 instituições financeiras já efetuaram o retorno dos trabalhadores do sistema presencial para o teletrabalho. Ficou de apurar ainda se outros bancários irão retornar a esta situação.
Pressão das metas – Outra reivindicação cobrada foi a redução das metas durante a pandemia.
Demissões – O Comando reivindicou que os bancos suspendessem as demissões nesse pior momento da pandemia. Sobre essa questão, ficou acertada uma nova reunião para a tarde da próxima terça-feira (16), às 13h.
Sobre as demais reivindicações, os representantes dos bancos se comprometeram a responder até hoje sexta-feira (12).
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região com informações da Contraf