Um estudo realizado por organizações feministas em cinco estados brasileiros aponta que o aborto está entre as principais causas da mortalidade materna no Brasil, ficando atrás da hipertensão e da hemorragia. Todos os anos ocorrem aproximadamente 1.25 milhão de abortos no país. A estimativa mundial é de 42 milhões de casos. Mais da metade dos procedimentos são feitos em condições de risco.
Denominada “O impacto da ilegalidade do aborto na saúde das mulheres”, a pesquisa demonstrou que, nos casos onde há atendimento, a intervenção utilizada para assistir mulheres que abortaram é a curetagem pós-aborto. Esse procedimento é mais caro e oferece mais riscos de infecção do que a aspiração manual intra-uterina, indicada pelo Ministério da Saúde.
Somente no estado do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2007, foram induzidos mais de 800 mil abortamentos, sendo que 750.000000oram praticados por mulheres com idade entre 15 e 29 anos. Segundo a integrante da Rede Feminista de Saúde, Telia Negrão, muitos profissionais da saúde negam atendimento às mulheres que procuram socorro depois de provocarem aborto.
“Todas as vezes que as mulheres tomam essa decisão e recorrem ao sistema de saúde, para que as consequências de um aborto inseguro sejam minimizadas, e para que o impacto não seja tão grande, vão enfrentar a mesma intolerância que existe na sociedade em relação às decisões reprodutivas das mulheres.”
De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), de 1998 a 2008, houve um aumento de 176o número de internações por abortamento no estado da Paraíba.
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