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Comando Nacional negocia regulamentação do home office

5 de agosto de 2020

Bancários reivindicam equipamentos adequados, pagamento de custos e respeito à jornada, entre outros pontos; bancos ficaram de avaliar as demandas e responder em outra negociação

Em mesa com a Fenaban (federação dos bancos), nesta terça-feira 4, os bancários reforçaram que é fundamental garantir direitos para quem exerce o regime de home office (teletrabalho). O assunto foi a pauta da primeira rodada de negociações da Campanha Nacional do Bancários 2020, realizada por videoconferência. Os trabalhadores reivindicam uma cláusula nova na CCT da categoria que regulamente o home office.

 

A reivindicação foi baseada em pesquisa da Contraf e Dieese que mostrou que bancários e bancárias em home office enfrentam problemas nessa modalidade.

 

Veja os principais pontos reivindicados sobre home office:

 

Concessão de todos os benefícios previstos na CCT;

Fornecimento de equipamentos necessários para o desempenho das funções do trabalhador. Na pesquisa Contraf/Dieese, 32,5% dos entrevistados disseram que o banco não se responsabilizou por nenhum equipamento ou infra-estrutura para que realizassem o trabalho de casa, e para 50,8% o banco forneceu apenas notebook. Quando questionados sobre o que seria necessário para melhorar o home office, 55,7% apontaram ser muito importante o fornecimento de equipamentos adequados, inclusive cadeira ou mesa com ergonometria.

Pagamento dos custos do home office pelo empregador (como energia elétria, internet, etc). Na pesquisa, 72% relataram aumento nos gastos com supermercado e 78,6% apontaram aumento na conta de energia elétrica.

Controle da jornada. Também foi perguntado na pesquisa se havia controle da jornada e 32% disseram que não. Além disso, 35,6% relataram trabalhar além da jornada.

Telefone para contato em caso de problemas. Ainda segundo o levantamento, 51,7% dos bancários disseram que não havia ou que desconheciam esse canal.

Metas: não deve ser feita cobrança por celular, WhatsApp ou outro aplicativo.

Prestação de serviço de forma presencial ao menos 1 vez por semana. Na pesquisa, 42% responderam que gostariam de realizar um regime misto, com dias de trabalho em casa e outros no banco.

 

Regulamentação

 

O home office na pandemia de coronavírus é fundamental para a segurança dos trabalhadores e suas famílias. Mas se os bancos querem adotar o regime definitivamente, é preciso que isso seja regulamentado. Não pode ser imposto, o trabalhador tem de concordar.

 

Outro ponto defendido é que o home office deve seguir regras, com respeito à jornada, à remuneração e todos os demais direitos da CCT.

 

Na mesa, o Comando defendeu a proposta de nova cláusula e mostrou que as reivindicações foram embasadas na pesquisa. A Fenaban informou que já havia feito uma reunião sobre o assunto com todos os filiados e que os bancos disseram não ter interesse de tratar a questão nas rodadas da Campanha, segundo eles, por se tratar de algo que caberia a cada banco. Apesar disso, o representante da Fenaban disse que, diante da pesquisa e dos dados apresentados, iria levar novamente a questão aos bancos e daria o retorno em novas reuniões com o Comando.

 

A próxima mesa de negociação com a Fenaban será na quinta-feira 6 e abordará o tema emprego. Confira aqui o calendário de rodadas da Campanha dos Bancários 2020.

Fonte: SEEB SP – 04/08/2020
Escrito por: Redação Spbancarios

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