A Greve Geral, dia 28/4, paralisou o Brasil e a Baixada Santista contra a Terceirização, desmonte da CLT, do Acordo Coletivo, das Aposentadorias, da Justiça do Trabalho e da Constituição Federal. A PM reprimiu, perseguiu e prendeu trabalhadores
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora e o Sindicato dos Bancários de Santos e Região estiveram à frente da paralisação da entrada e saída da cidade de Santos. “Reafirmamos que conseguir a unidade da Classe Trabalhadora não é qualquer coisa. A luta está fortalecida contra a terceirização e ataques aos direitos e leis trabalhistas, adquiridos ao longo de quase 100 anos depois de sofrer muitas prisões, torturas e mortes! E que agora o governo e o congresso golpistas querem extinguir”, alerta Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical e secretário geral do Sindicato dos Bancários.
Repressão e prisões da Polícia Militar
Na Baixada Santista foram interrompidos o tráfego de veículos na Av. Nossa Senhora Fatima, na saída e entrada de Santos; Avenida Perimetral, no Porto; divisa entre Santos e São Vicente, na orla da praia; e rodovias Anchieta e Piaçaguera. Os ônibus não circularam desde as primeiras horas da madrugada de sexta-feira, 28/4. Depois das paralisações, a Intersindical, os bancários de Santos, outras centrais de trabalhadores e sindicatos, movimentos sociais e estudantes marcharam pela Av. Martins Fontes em direção ao centro de Santos onde os poucos lojistas que insistiam em furar a greve foram fechando as portas. Até concentraram-se na Pça. Mauá, em frente à prefeitura de Santos/SP, para encerrar as manifestações. Porém, a Polícia Militar, que já havia reprimido o movimento no porto e na rodovia Piaçaguera com bombas e balas de borracha, além de ameaçar os protestos na entrada da cidade e na divisa de Santos/São Vicente (praia), iniciou uma perseguição aos estivadores. Três trabalhadores foram presos durante o ato.
Os manifestantes, que desde às 10h, iniciaram o ato pacífico na praça decidiram ir em passeata até o Palácio da Polícia, na av. São Francisco, onde estavam os trabalhadores detidos. Às 12h30, em frente do Palácio (onde fica o 1º distrito policial) exigiram a soltura e foram informados que já estavam sendo liberados pelos advogados. Com isso, continuaram em passeata até as escadarias do forum de Santos, onde encerraram sempre pacificamente um dia vitorioso contra a destruição dos direitos de toda classe trabalhadora e da população, sempre com a presença maciça da PM.
Crédito: Fabiano M. Couto
Fonte: Imprensa e Comunicação SEEB Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita