Além da sobrecarga de trabalho acarretada pelo acúmulo da nova função, antes executada por corretores, bancários não são remunerados pela comercialização dos planos.
Os gerentes do Bradesco precisam, cada vez mais, se desdobrar em dois ou três para dar conta das funções que acumulam na instituição. A mais nova tarefa repassada pelo banco para estes profissionais é a venda de planos de previdência, anteriormente executada por corretores.
Os gerentes, que já tinham herdado dos corretores a venda de consórcios, agora também vendem, negociam e operacionalizam os planos de previdência. O resultado do acúmulo de funções é uma enorme sobrecarga de trabalho, maior pressão para o cumprimento de metas e aumento do assédio moral.
Além do acúmulo de funções e a consequente sobrecarga a que estão submetidos, os gerentes não são remunerados pela venda dos planos de previdência, ao contrário do que acontecia com os corretores, que recebiam comissões.
O banco fez o que fez a mudança e sequer teve a decência de ajustar a meta nesse período de adaptação. Faltam bancários nas agencias, as metas estão nas alturas e os gerentes de contas acumularam mais essa função. O Bradesco, de maneira insensível, continua cobrando a produção como se nada tivesse acontecido. O movimento sindical cobrou da direção que tenha mais respeito com estes profissionais e que, ao menos, os remunere de forma justa pela nova atribuição.