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Com chuva de nãos, Caixa e BB empurram funcionários para GREVE

31 de agosto de 2016

Banco do Brasil e Caixa dizem NÃO para todas as reivindicações dos Bancários. A resposta para intransigência é a GREVE por tempo indeterminado. Assembleia no Sindicato dia 2/9, 19 horas.

A segunda rodada da mesa de negociações específicas com o Banco do Brasil, realizada nesta terça-feira (30), em São Paulo, foi marcada por negativas em temas de relevância para os funcionários. Nos temas sobre plano de funções, módulo básico e avançado pra quem já tenha cumprido o tempo e certificações, o Banco negou que voltar ao módulo básico tenha prejuízo aos funcionários e não fará proposta de melhoria.

A mesma negativa foi dada aos casos de funcionários tem redução de salários nas reestruturações devido ao plano de funções e na melhoria dos gerentes de serviços e do carteirão.

O banco mostra uma certa insensibilidade para as questões envolvendo a carreira dos funcionários, sejam das funções gratificadas, quanto a gerência média. A valorização da gerência média sempre prometida pelo banco quando quer cobrar as metas, nunca vem na forma de melhoria de salários e condições de trabalho.

Contratações

O Banco afirmou ainda que não fará contratação de concursados, nem mesmo para reposição das vagas em aberto hoje.

Carreira de Mérito para os escriturários

O BB disse que não incluirá os escriturários na carreira de mérito, uma vez que o plano de carreira aprovado pelos órgãos de controle do governo não prevê carreira de mérito para cargos não comissionados.

O banco usa mais uma vez a desculpa do antigo DEST – Departamento de Controle das Estatais que, segundo o banco, veda o mérito para escriturários, mas o mesmo DEST autoriza em outros bancos. Portanto, entendemos que falta disposição do banco em querer avançar na melhoria do plano de carreira.

Sobre o plano de carreira, o banco também negou atender a demanda de retorno da substituição em todos os cargos e mudança no interstício da carreira de antiguidade, que desde 1997 continua em 3%.

O BB ainda descartou a possibilidade sobre negociação sobre os 15 minutos de intervalo das mulheres e nem sobre a carreira técnica dos profissionais de nível superior. No caso de funcionários com cargos que exigem nível superior, existe a tramitação de uma ação em que o banco foi condenado em primeira instância e a sentença exige que todos profissionais sejam descomissionados, o que tem causado apreensão para mais de 2 mil funcionários.

A negativa do banco em ao menos criar uma mesa de debate é uma forma intransigente e irresponsável da parte do BB, uma vez que a própria sentença recomenda que o banco procure a representação dos envolvidos para evitar maiores prejuízos depois do transito em julgado da ação, que envolve engenheiros, advogados, profissionais de TI e outros de nível superior que correm sério risco de serem descomissionados.

Completando as negativas da negociação, sobre assuntos envolvendo funcionários dos bancos incorporados, o banco se recusa a acertar uma mesa de negociação sobre o Economus, no que se refere aos problema do plano de saúde e do equacionamento do plano de previdência. A proposta de criação da mesa foi aprovada no Congresso dos Funcionários do BB no debate junto aos funcionários incorporados do banco Nossa Caixa. O banco também nega possibilidade de melhorias no regulamento da Fusesc, que atenderia reivindicações dos funcionários oriundos do BESC.

Esta foi uma das maiores surpresas das negativas do BB, uma vez que o atual diretor da área de negociações foi diretor do Economus e a DIREF tem uma área específica que lida com as questões das entidades patrocinadas. Estas negativas demostram o real interesse do BB nas questões dos incorporados, já quem se recusa a montar uma mesa para negociar.

Modelo de Atendimento Digital

O Banco reafirmou os compromissos feitos numa mesa de negociação permanente sobre o modelo digital que não haverá redução do quadro de funcionários e nas funções, que vai respeitar as regras de processos seletivos e que envolverá as áreas de pessoas e negociais para dar amparo aos funcionários envolvidos nesta reestruturação.

A Comissão de Empresa afirmou ao banco que o modelo tem sido implantado numa grande velocidade e muitos casos, tem causado redução de quadros sem uma política de realocação.

Foi solicitado ao banco que se crie uma mesa temática específica para debater o modelo digital ao longo do ano com todas as áreas envolvidas. 

Respostas positivas e propostas ainda em análise

O BB firmou o compromisso de realizar a Mesas Temática de Saúde e de Resolução de Conflitos até junho de 2017.

O Banco informou que ainda estão em estudos internos a demanda de reclassificação do código de greve, e uma nova redação da cláusula das folgas, principalmente aos que trabalham no regime 24/7.

Ainda estão em análise a ampliação do VCP para os casos de reestruturação e a manutenção dos vales alimentação e refeição na licença maternidade e licenças saúde prolongadas.

Análise da negociação

O resultado da rodada foi decepcionante pelas evasivas e preocupante pelas negativas em debater determinados assuntos. Num momento em que tivemos uma proposta insuficiente apresentada pela mesa da Febanan, o BB não apresenta propostas reais sobre temas não econômicos, possíveis de serem resolvidos.

A Comissão de Empresa afirmou ao banco que está à disposição para negociação a qualquer momento e que aguardará o BB para que apresente uma proposta que contemple as necessidades dos funcionários e o reconhecimento do banco ao seu corpo funcional.

CAIXA
A Caixa Econômica Federal voltou a frustrar os trabalhadores, em rodada de negociações específicas da Campanha Salarial Nacional Unificada 2016, realizada nesta terça-feira (30), em Brasília (DF), ao não apresentar nenhuma proposta para as reivindicações relacionadas à saúde do trabalhador e condições de trabalho, GDP, Saúde Caixa, Funcef, aposentados, infraestrutura das unidades, segurança bancária, terceirização, Caixa 100% pública, contratação, jornada de trabalho/Sipon, carreira, isonomia, reestruturação e organização do movimento. Em três reuniões, a resposta do banco aos pleitos foi sempre a mesma: não, não e não. Quando muito, a posição da Caixa era marcada por evasivas. Também, na ocasião, não houve o compromisso de garantia do pagamento da PLR social, uma conquista de campanhas anteriores.

Os debates da terceira rodada a respeito das principais reivindicações dos empregados foram marcados por sinais de retrocessos. O banco ignorou itens pendentes como o fim do caixa minuto, o retorno da função de caixa, o combate à sobrecarga aos tesoureiros, a manutenção do pagamento da insalubridade aos avaliadores de penhor, o fim das horas extras negativas e para outras propostas dos trabalhadores, a exemplo da manutenção do vale-cultura.

Também não houve avanços em temas como Funcef, aposentados, melhorias do Saúde Caixa, contratação, garantia da incorporação da função e fim dos descomissionamentos arbitrários, segurança bancária, jornada de trabalho e login único do Sipon, carreira, terceirização, infraestrutura das unidades e reestruturação/remodelagem. 

Com essa posição intransigente, a Caixa está empurrando os empregados para a greve a partir do dia 6 de setembro, conforme orientação repassada pelo Comando Nacional dos Bancários. É fundamental a participação de todos os trabalhadores nas assembleias que serão realizadas nesta sexta-feira (2/9), para mostrar à empresa a nossa insatisfação com a falta de propostas concretas para o conjunto de nossas reivindicações.

Um dos momentos mais marcantes e surpreendentes dessa negociação foi a realização do ato em defesa da Caixa 100% pública e por nenhum direito a menos, quando os representantes dos empregados se levantaram da mesa e ficaram de pé, portando cartazes e estendendo banners reafirmando a luta para que a direção do banco apresente propostas efetivas contra a retirada de direitos e pela manutenção do papel social da empresa, caracterizado como “estratégico para o desenvolvimento do país”. O protesto reafirmou ainda que os empregados, junto com outros trabalhadores, estão mobilizados por mais democracia, mais diálogo e contra a retirada de direitos. 

A Caixa não quer negociar com seriedade. Nada foi apresentado nas três rodadas que tivemos até agora. É o momento de lutar por nossas reivindicações.

Saúde do trabalhador

Mais uma vez a empresa recusou a atender praticamente tudo o que foi reivindicado em relação a essa cláusula. Na questão relacionada à criação de unidades específicas, com estruturas técnica e administrativa compatíveis com as respectivas atribuições e dimensões, a Caixa reconheceu que houve redução das Gerências de Pessoas (Gipes), mas alegou que o item estava parcialmente atendido pela criação de canais de representação nas diversas regiões.

Para a reivindicação de criar protocolo de combate ao assédio moral e a todas as formas de violência organizacional, o banco afirmou que já vem adotando programas de prevenção próprios e campanhas educativas, o que tem provocado, segundo os negociadores da empresa, a diminuição gradativa de ocorrências.

Saúde Caixa

Mais uma vez a Caixa não assumiu o compromisso de passar a utilizar o superávit anual para melhorias no plano, conforme está  previsto em acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho há mais de dois anos e foi negociado no âmbito do GT Saúde Caixa.

Também não foi dada resposta para as reivindicações de segregação operacional contábil e financeira dos recursos do banco, com a criação de um fundo que os remunere, com auditagem externa, por empresa avalizada pelo Conselho de Usuários e pela CEE/Caixa. Ficou ainda sem resposta a transformação do caráter do Conselho de Usuários de consultivo para deliberativo, dentro do escopo de atribuições definidas no Regimento Interno dessa instância.  

Jornada

Os representantes dos trabalhadores cobraram da Caixa o cumprimento da jornada de seis horas e a adoção do login único para evitar fraudes no registro do Sistema de Ponto Eletrônico. Foi lembrado que a realidade nas unidades de todo o país é de que sobrecarga de trabalho força os empregados a trabalharem além da jornada, sendo comum eles sofrerem pressão para não fazer horas extras ou não registrar corretamente o ponto. Para a CEE/Caixa, a carência de pessoal é um dos fatores que geram toda essa situação.

Dirigentes sindicais destacaran as condições de trabalho em que os tesoureiros estão trabalhando, por conta do excesso de atribuições. As dificuldades desse segmento já foram colocadas em mesas de negociação. 

Ainda com relação à jornada, a representação dos empregados defendeu o pagamento de horas extras a todos os trabalhadores e contestou a ilegalidade do registro negativo de horas, reivindicando o fim da utilização do banco de horas, dado que isto não está previsto no Acordo Coletivo de Trabalho.

Carreira

A Caixa voltou a rejeitar a adoção de critérios objetivos para descomissionamentos, a serem elaborados previamente com os empregados. Outro objetivo é retirar do gestor o poder discricionário, com direito a ampla defesa e recurso da decisão pelo empregado.

Foi reivindicada a criação do comitê de acompanhamento dos PSICs e do banco de habilitados e oportunidades e banco de sucessores, com participação dos empregados e um membro da Gipes, com adoção de critérios exclusivamente objetivos e transparentes, de modo a eliminar a possibilidade de nomeação pela gestão, aumentando assim a abrangência dos PSICs para impedir que isto fique restrito à unidade demandante.

Outra questão considerada importante é o aperfeiçoamento do modelo do PFG, incluindo progressão horizontal em cada cargo/função, por tempo de exercício. A representação dos empregados defende também a abertura de negociação sobre o PFG. 

Funcef

A representação dos empregados reivindicou mais uma vez a quitação do contencioso da Caixa para com a Funcef, relacionadas às ações que tenham origem em descumprimento de direitos trabalhistas, assim como ao aporte de recursos referentes ao serviço proveniente de condenações e manutenção do Fundo de Revisão de Benefícios, previsto no artigo 115 do regulamento do REG/Replan saldado e no artigo do Novo Plano, como instrumento permanente da política de aumentos reais para os benefícios.

Desde o ano passado, a Caixa tinha o compromisso de montar um grupo tripartite junto com a Funcef e não viabilizou. Esse grupo nasceu na mesa permanente de negociação, para solucionar questões relativas à Fundação.

Infraestrutura das unidades

Foi reivindicada mais uma vez a alteração do RH 184, com a extinção do caixa minuto, avaliador minuto e tesoureiro minuto. O banco, apesar de dizer ao contrário, manteve a extinção da função de caixa, e não garantiu a participação dos empregados na discussão sobre a estrutura física e de pessoal das agências. 

Reestruturação

A questão de como a reestruturação está sendo feita foi contestada pela representação dos empregados. Seja em que circunstância for, a reivindicação é para que essa reestruturação ou remodelagem seja debatida previa, objetivamente e com transparência com as entidades representativas.

Foi cobrada ainda a imediata reversão do processo de extinção da Rerets, com o retorno dos trabalhadores para as unidades de origem. Houve também a reivindicação de revisar a metodologia de agência deficitária.

Isonomia

A Caixa negou a extensão da licença-prêmio e ATS para todos os empregados admitidos a partir de 1998, além de outras questões de isonomia.

Caixa 100% pública

Em princípio os negociadores do banco mostraram-se favoráveis para o não fatiamento da Caixa e para a manutenção de todas as participações acionárias que a empresa mantém anualmente. Disseram, porém, que a definição desse item fica na dependência das políticas de governo.

Mas a representação dos empregados lembrou ser cada vez mais nítida a possibilidade de venda da loteria, cartões de crédito e da seguradora, combinada com o risco que representa a saída do FGTS da gestão da empresa e dos trabalhadores.

Mobilização

A postura da Caixa segue a linha da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na mesa unificada, com os bancos apostando no conflito. É fundamental que os empregados participem de todas as ações propostas pelas entidades representativas, pois apenas com mobilização e união conseguiremos avançar.

Assembleia

Os bancários da Baixada Santista farão duas assembleias, a primeira para deflagrar greve, dia 2/9 (sexta-feira), às 19h, na Av. Washington Luiz, 140, sede do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. A segunda para organizar a greve, dia 5/9 (segunda-feira), também no Sindicato, às 19h.

Todos os locais de trabalho devem estar representados. Tão logo votada a greve, organizaremos os trabalhadores para o movimento. Cada um deve fazer sua parte para que a pressão sobre os bancos garanta avanços. 

Fonte: Com informações Contraf

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